Depois de um tempo ali dentro, criando asas, a borboleta rompe o casulo e vai voar por aí.
É deste casulo, ainda fibroso, que são tirados fios finíssimos: os fios da seda. Mas apenas desta espécie de lagarta, chamada de "bicho-da-seda" (cujo nome científico é Bombyx mori.)
Quando adulto, vira uma mariposa, mas não consegue voar, resultado de centenas de anos como um inseto domesticado.
Resumindo:
O bicho-da-seda faz fios para construir seu casulo. O homem desfaz o casulo, retomando estes fios.
Com eles, é tecida a seda pura.
Este ano fui conhecer o único museu da seda do mundo.
O "Museo Della Seta" fica na cidade de Como, na Itália. É um lugar não muito grande, dividido em 4 ou 5 salas.
Lá estão explicações, máquinas de tear, aparelhos para tintura, para extração dos fios, produtos, fotos de empresários do setor e da região, envolvidos de algum modo com o comércio de seda pura.
Há também um vídeo explicativo, mostrando cenas bem antigas do processo. Mulheres extraindo e armazenando fios dos casulos, por exemplo.
Este museu fica anexo à universidade local que, pelo que entendi, tem pesquisas e cursos específicos sobre o assunto.
No Museo Della Seta há também uma lojinha onde são vendidos, inclusive, casulos. Em tons naturais e tingidos de diversas cores. Fiquei namorando um relógio com pulseira em seda pura. Mas desisti de comprá-lo porque pensei em fazer o meu próprio, com o tecido pintado por mim, com qualquer relógio disponível por aí. Mas ainda não fiz.
O tempo é sempre curto em qualquer um dos relógios.
E o fio de tarefas é sempre longo demais.
Os casulos ficam em galhos e são encontrados assim.
O bicho-da-seda come folhas de amoreiras.
Os fios são puxados com a ajuda destas "escovas".
Depois os fios são usados nos teares, onde é produzida a seda.
O Museo Della Seta, na cidade de Como.
